21 de fev. de 2018

Carta aberta a mim mesma.

Foto com filtro, for the first time in forever.


"[...] E ser de verdade, às vezes é sobre sentir medo. Sobre se sentir inseguro. Sobre não conseguir ver lá na frente por não ter ideia de por onde começar agora."

Essa é parte de algo que escrevi há uns quatro meses. Também é uma das coisas mais honestas que escrevi nesse período.
Agora, o primeiro texto de 2018. E talvez também o mais sincero.

Oi.
Já faz um tempo desde que a gente se viu pela última vez.
É bom ver que reencontros finalmente acontecem.
É bom saber que com tanta gente indo e vindo, existem os que ficam.

Digamos que eu comece a propôr uma conversa sobre olhar pra dentro. Sobre ser reflexo de quem realmente se é. Sendo que eu nem de longe sou alguém que já faz isso há um tempão e sabe como fazer dar certo de primeira - o que, honestamente, não sei se alguém consegue. Mas graças à Graça, sou tão aprendiz quanto qualquer outra pessoa.

Minha felicidade tem estado em saber que quem ama, te dá tempo, porque sabe que você foi criado sobre uma individualidade. Que todos nós fomos criados assim, e que, portanto, temos nosso próprio tempo e jeito de fazer e viver.
De ouvir e falar.
De digerir, entender e finalmente respirar debaixo de uma certeza inabalável.
Certeza essa que você não foi feito pra descobrir e viver sozinho.

Caminha, segue a tua valsa.
Confia na canção.
Nos dias ruins, lembre dos dias bons (os que já aconteceram e os que vão chegar).
Anote as coisas. Um dos maiores males de ser humano, é esquecer.
Cuide da saúde, faça de você um lar agradável.
Dê o seu melhor, não importa no quê.
Olhe mais para frente do que para os lados. O Alvo é importante, a platéia é um detalhe consequente.
Você está no tempo certo. Fique tranquilo, pense e as coisas darão certo.
Você é mais do que os seus sentidos te mostram. Aprenda a ouvir também no silêncio.
Seja feliz. Segure o sorriso, o passo e a certeza.
Vai. E vê se não some <3


Escrevi ouvindo: The Temptations - My Girl // Lenine - Paciência


Obrigada por ler e tenha uma vida incrível,
Bruna :)

23 de ago. de 2017

Surprise: a gente não é de ferro!

Foto de janela de ônibus em dia de chuva, mais conhecido como Cantinho da Reflexão.

E nem fomos feitos pra isso.
Fomos feitos para, entre outras milhões de coisas fantásticas, sentir.
Não importa quão bom ou ruim seja.

Ninguém vive só de dias bons, de fases boas, de mudanças boas.
Existem coisas um tanto pesadas que acontecem e não dá pra entender.
Enquanto elas acontecem, tem dias em que tudo o que a gente quer é sentar, falar nem que seja pra si mesmo, pra uma folha de caderno ou pra um blog, risos. e clarear as coisas. Mas o que a gente consegue fazer é chorar, ouvir música e desejar abraços. Ou não.
Eu só quero deixar claro que nada disso tá errado.
Não pense que tudo o que você sente é drama. Às vezes não faz sentido mesmo, mas guardar tudo e achar melhor ignorar faz menos ainda.

Outra coisa: seja sincero com você mesmo. Não fica o tempo todo tentando se calar, sabe?
Não seja o pássaro à trancar a própria gaiola. Let it go.
Sentir também é sobre liberdade.
E não se deixa arrepender por ter sido vulnerável porque pareceu valer a pena. Lembre que o que não vale a pena é sentir culpa por ter sido inteiro :)

Sentir é normal.
Chorar não é vergonhoso.
Pedir desculpa não te faz menor.
Perdoar te faz incrivelmente mais feliz.

E se a gente tentasse se apegar mais ao inesquecível e lembrar sempre que as melhores memórias não são feitas de medo?
As épocas passam bem rápido e a escolha de não se manter fechado pode te levar a viver do melhor jeito, mais sincero e mais completo.
A verdade traz leveza à vida. Ser verdadeiro, muitas vezes envolve ser vulnerável. E ser vulnerável não é fácil, mas também não é impossível.

Escrevi ouvindo: Grace VanderWaal - Moonlight

Obrigada por ler e tenha uma vida incrível,
Bruna :)

19 de jul. de 2017

Sobre o que não dá pra ver ainda.


Algumas épocas fazem a grama deixar de ser verde por um tempo, e às vezes não dá pra entender porque demora tanto para as coisas voltarem ao normal.
O louco é que essas épocas também fazem parte do "normal" da vida.
Eu gosto de pensar nelas como o outono. Uma estação de transição, onde um monte de coisa muda. As folhas que estiveram tanto tempo no conforto de uma árvore que as mantinha sempre verdinhas, agora caem e ganham uma cor quentinha, mas dolorosa. Dói porque sai do costume. Sai do que elas sempre conheceram como rotina, como casa. Dói porque sai do controle que as agrada, não dá pra simplesmente pular do inverno pra primavera.
Tá tudo ligadinho, e é preciso passar pelo que a gente tá vendo pra poder chegar onde não dá pra ver ainda. Eu sei que é meio assustador dar um passo de cada vez quando você não vê onde vai pisar com o outro pé, mas é o tipo de coisa que precisa acontecer para que, quando o tempo nos fizer olhar pra trás, seja para sentir certeza de que tudo que aconteceu foi necessário para sentir orgulho de quem a gente se tornou.
A gente foi presenteado com o tempo. Com os dias bons e os não tão bons assim. São presentes porque nos ensinam coisas que só dá pra aprender vivendo.
Uma vez eu li que cada um tem a vista da montanha que escolhe subir.
Não sei tu, mas a única coisa que eu sei sobre subir montanhas é que não é nada fácil.
Não é fácil porque acontece de você dar tudo de si em alguns momentos e ver que quase não saiu do lugar.
Não é fácil porque quem já subiu pode até te dar uns avisos, mas tem coisa que você só descobre no meio do caminho.
Os pés vão doer, as mãos vão inchar, a cabeça vai latejar, mas sempre está mais perto de chegar lá do que a gente acha.
Também tem muita coisa boa que a gente descobre no meio do caminho. Pode começar parecendo uma caminhada singular onde você só tem a si mesmo pra conseguir continuar vivo e alcançar o que quer, mas na hora certa o plural chega e gente que talvez nem sempre tenha estado tão perto vai estar lá pra falar coisas incríveis e passar pelas pedras contigo e te fazer descobrir que a Graça de todas as coisas é mesmo uma coisa linda.

Escrevi ouvindo: U2 - I Still Haven't Found What I'm Looking For

Obrigada por ler e tenha uma vida incrível,
Bruna :)

23 de jun. de 2017

Sobre suficiências.

Dos tesouros de um banheiro de escola.

Todo mundo passa por várias coisas sempre que outro dia começa. E para alguns, as coisas tem um peso muito maior - que parece não poder ser dividido com mais ninguém. 
Por isso que eu vim aqui falar uns negócios:

- você NÃO PRECISA ser "bom o suficiente" para ninguém além de você mesmo.
- nunca pense que o que você está sentindo é fazer tempestade em copo d'água, seu coração é muito importante.
- o medo de parecer fraco por falar o que sente/pensa existe, mas é você quem o comanda, não o contrário :)
- não exponha seus sentimentos nas redes sociais. A porcentagem de quem não vai entender é muito maior do que a que está disposta a estender a mão. Infelizmente. 
- viva o seu próprio sonho ao invés de esperar ser o sonho de alguém.

Sendo bem sincera, a gente vive numa sociedade que não está acostumada a se importar com as dores que só vê quem tá sentindo. Crianças que querem crescer, adolescentes que querem voltar a ser criança, adultos que esquecem que já foram adolescentes. 
Mesmo sabendo disso, gostaria de te fazer começar a pensar mais no diferente do que no suficiente. 
Insegurança existe, mas você é muito maior do que ela.
Timidez é difícil, mas não precisa durar pra sempre. Deixa as pessoas saberem o lado incrível que quase ninguém vê sobre você.
É normal ter medo do diferente, mas isso muda se você for o diferente.

Você é mais forte do que pensa, mais bonito do que sabe, mais importante do que imagina. 
Você é grande demais pra caber no suficiente.

Caso você não saiba como se abrir com alguém que conhece, pode ficar à vontade pra pedir um help em anônimo nos comentários, ou mandar um e-mail para sobrewhat@outlook.com . 

Escrevi ouvindo: Grace VanderWaal - Clay

Obrigada por ler e tenha uma vida incrível,
Bruna :)

14 de jun. de 2017

Relaxa, tu é lindo (a).

Nem as tuas! Não se preocupa, tá tudo no lugar ;)
(foto tirada numa exposição incrível de Henri Matisse na Caixa Cultural do Recife)

Sei lá né, quarta à noite parece o dia perfeito pra escrever umas verdades.
Tava pensando em como as pessoas não sabem o quanto são bonitas. Não tô falando sobre ser a pessoa mais fotogênica, o que fala melhor, o menos tímido. Não é isso. É que as pessoas realmente não tem ideia do quanto são lindas!

Vamos começar pelo fato de você ser único. Não tem outra pessoa igual a você. Outra cabeça não vai pensar como a sua, outro coração não vai sentir como o seu, outra pessoa não vai falar como você. Você é diferente de qualquer outro, é isso que te faz tão importante, especial e indispensável. Sério, nada é igual sem você por perto. 
Como não dá pra ser hipócrita, vamos falar de beleza exterior: o mundo nunca viu nada tão bonito quanto você. Se tu acha que não dá pra acreditar, procura alguém que tenha os olhos iguais aos teus. Ou aquela curvinha que aparece no seu rosto quando você sorri, já viu alguém com uma parecida? Acho que não :) 
A entrada do cabelo, o formato dos olhos, o lábio torto, o cabelo que não obedece, os pés esquisitos. Ninguém tem igual! 

Você é único. Único, lindo e livre. 
Livre pra ser exatamente quem é, sem precisar de vírgula pra deixar sofisticado, de ponto final pra parecer mais maduro, ou de reticências pra pagar de contemporâneo. 
Você é lindo porque é de verdade. 
Você é corajoso, forte e inteligente. Você é extremamente legal, tem sempre coisa nova pra mostrar. Você é sensível e não sabe quanta gente espera pra saber como você vê o mundo. 

As pessoas precisam de quem você é por dentro, não tem como outra pessoa ter a Graça de nascer você. 

Escrevi ouvindo: Corinne Bailey Rae - Put Your Records On

Sorry pelo tempão longe daqui, obrigada por ler, e tenha uma vida incrível,
Bruna :) 

11 de abr. de 2017

Sobre o meu agora e outras coisas.



Coisas rasas nunca me interessaram muito. Apesar de serem as mais fáceis e de parecerem predominar a minha superfície, eu gosto do equilíbrio ligado no modo intenso. De sentir o estar, o ser e o viver maiores do que o ter. Do tempo que se perde enquanto ganho lembranças e de tudo o que isso traz. 

Poucas coisas me dão melhor sensação do que fazer hoje algo que me parecia loucura demais ontem. 
Ou falar sobre o que eu não falaria meses atrás. Quem me deu a Vida tem me dado também as melhores companhias e as melhores experiências. 

O que vivo hoje tem arrancado de mim muitos dos meus medos. Tem me feito pisar em passos que não seriam dados, depender menos do solo firme e sem dúvidas. Digamos que estou vivendo o extraordinário do momento agora, onde a única coisa que não pode ser feita é perder tempo para os contras. 

Se esse texto fosse um conselho, eu te diria para começar a tratar a vida como a sua foto preferida do Instagram: você pode mudar a intensidade com que as cores acontecem, decidir o que fica mais e menos evidente, escolher onde colocar o foco e sempre dá pra colocar um pouquinho mais de brilho. 
Mas apesar de poder mudar essas coisas e deixar o todo mais agradável de se ver, a foto continua a mesma porque a essência permanece ali. 

Dá pra ser bem mais feliz com menos preocupação. 
Menos "não sei se vai dar certo" e mais "já quero". 
Que a gente viva por uma vida com mais diferença e se prive menos do que nos faz mais feliz.

Escrevi ouvindo: Anavitória - Talvez A Deus

Obrigada por ler e tenha uma vida incrível,
Bruna :)


18 de jan. de 2017

Textos | Chega de sorrir (só) por dentro.


É, eu sei que mostrar o que sente, e como sente, não é o jeito mais seguro de fazer as coisas pra você.
Também sei que talvez você tenha cruzado com algumas pessoas que fizeram parecer que não é certo sentir muito, sorrir alto, chorar em público.
E se tem mais uma coisa que eu sei, é que não vale a pena deixar de ser você por não querer se sentir vulnerável.

"Outra decepção? Não, obrigada."

Sabe, a vida é um espaço de liberdade. Liberdade pela Graça que nos é oferecida todos os dias. Cabe a nós escolher entre ser livre ou não - e, sem querer invadir ou mudar o seu conceito de liberdade, acho que ser livre não envolve ter medo de mostrar do que sente.

Tudo em você é tão vivo! Sua mente, seu jeito de falar, sua forma de pensar, de agir.
O que te impede de dar vida ao seu sentir?
Largue o que te prende. Sorria do que tem e do que não tem graça. Sorria de si mesmo. Para de guardar o choro. Aliás, para de guardar o que não cabe mais em você.
Pense nisso tudo como um quarto, onde você é a única pessoa que pode abrir as janelas e deixar entrar o que deve ocupar espaço e sair o que precisa ser deixado e esteja disposto a guardar a parte boa de tudo o que acontecer.

Ah, mais uma coisa: tudo bem em sentir muito. Os intensos são os melhores :)

Escrevi numa fila de banco, ouvindo os meus pensamentos e barulho de grampeador e moedas. Sem música hoje, haha.

Obrigada por ler e tenha uma vida incrível,
Bruna :)